"Dai de graça o que de graça recebestes"
A Umbanda é uma religião que crê na existência do Deus Pai e da Mãe, inteligências supremas, causas primárias de todas as coisas, eternos, imutáveis, imateriais, onipotentes, soberanamente justos e bons, infinitos em todas as Suas perfeições.
Cremos na existência dos Sagrados Orixás, responsáveis diretos por toda a criação do universo e sustento do planeta Terra. Não são deuses, mas sim denominações humanas para uma classe de Poderes Reinantes dos Divinos Criadores.
Cremos na existência e comunicação mediúnica, através de medianeiros preparados para tal tarefa, em trabalhos caritativos em atendimentos fraternos dos Guias Espirituais, os Espíritos Tutelares, também conhecidos como Espíritos Santos dos Criadores ou Santas Almas Benditas.
Dando por verdade que a Umbanda teve contribuições positivas das religiões e/ou filosofias Espírita, Indígenas, Africanas e do Catolicismo popular, aceitando tudo o que é bom e rejeitando tudo o que não se coaduna com as necessidades espirituais religiosas do conceito Umbandista, entende-se que a Umbanda não se submete a nenhum dogma relacionado às religiões ou filosofias citadas, sendo livre de interferências.
Cremos em Jesus (sincretizado com Oxalá), incondicionalmente, sendo Ele o pilar central da Umbanda, pautando o aspecto doutrinário embasado nos seus ensinamentos, seguindo o que foi anunciado pelo FUNDADOR DA UMBANDA, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, nos ensinamentos dos Espíritos Crísticos, os Mestres do Amor, como via evolutiva para se chegar a uma espiritualidade superior.
"Possui sacramentos e ritos próprios de batismo, casamento e fúnebre."
A Umbanda é uma religião de “Culto à Caridade”. Dá ênfase à simplicidade dos rituais, que permite a dedicação integral do tempo das sessões em atendimento fraterno aos que a ela recorrem. Nos atendimentos fraternos está o assistencialismo da Umbanda, sempre de forma caritativa.
Cremos na existência de sítios vibratórios da natureza (praias, matas, cachoeiras, pedreiras, montanhas, campos, lagoas, fontes, jardins, etc.), por onde os Sagrados Orixás manifestam-se energeticamente com mais intensidade, emanando magnetismos necessários à nossa sobrevivência, e aonde vamos constantemente promovendo concentrações para refazimento energético, harmonizações e captação de energias sublimes, nos reequilibrando com as forças da Mãe Natureza. A Umbanda reverencia a Mãe Natureza, por ser nela que se encontra a mais pura manifestação Divina e também porque vamos buscar e nos harmonizar com as forças ali reinantes, sustentadoras de toda a forma de vida planetária, atraindo ainda forças do universo para complementar tais vibrações já existentes em nosso planeta, unindo assim, poderosas forças divinizadas existentes nos planos espirituais.
Os principais ritos da Umbanda são realizados através de orações, pontos cantados, que podem ser ritmados através de instrumentos musicais.
Realiza descarregos, com o uso de ervas em defumações, em banhos, em amacis e no uso ritualístico do tabaco. Tem ainda nos elementos minerais, formas condensadas de energias que são aproveitadas nestes ritos, tais como: pedras, cristais, metais, incluindo a energia essencial dos quatro elementos básicos da natureza.A Umbanda atua na elevação e educação religiosa e na evolução dos espíritos, praticando trabalhos que visam ao progresso do ser humano, direcionando a reforma íntima por meio dos postulados de Jesus que são ensinados pelos Guias Espirituais que se manifestam nos templos de Umbanda. Entende-se que a religião de Umbanda é genuinamente brasileira, com duas características em sua origem:
Primeira: é milenar porque seus fundamentos são os mesmos que presidiam o reencontro com Deus Pai e a Deusa Mãe desde o início da raça humana em nosso planeta.
Cósmica: porque seus fundamentos culminaram com a união preconizada pelo Movimento Umbandista dos quatro pilares do conhecimento humano, que são: Filosofia, Ciência, Religião e Arte. Evolutiva em suas manifestações porque a Umbanda se manifesta em seu dia a dia, utilizando todos os recursos positivos existentes no ontem, no hoje e com certeza usará os que vierem no amanhã.
Crística: porque os seus aspectos, princípios, postulados e finalidades estão calcados nos ensinamentos dos Mestres da Luz, principalmente no Mestre Jesus, sendo a manifestação e a vivência do Evangelho Redentor, aceitando tudo o que é bom e rejeitando tudo o que não eleva e encaminha ao crescimento e desenvolvimento do ser humano.
Brasileira em suas origens. Como prática religiosa, surgiu e se desenvolve no Brasil e hoje também em todo o mundo. Congresso fase Internacional – Informações:
Segunda: Que foi instituída pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, em Neves/Niterói, anunciando pela primeira vez o termo “Umbanda”, como designativo de religião. Na mesma noite, revelou-se um Guia Espiritual, apresentando-se como Pai Antônio: era a presença de um Preto-Velho, a sacralização de um representante “africano” na Umbanda.
Umbanda é sinônimo de prática religiosa e caritativa, não tendo cobrança como uma de suas práticas usuais; não se permite retribuição financeira pelos atendimentos fraternos ou pelos passes realizados. Damos de graça o que de graça recebemos. Mas é lícito o chamamento dos médiuns e das pessoas que frequentam os Terreiros no sentido de contribuírem para a manutenção do mesmo ou para a realização de eventos de cunho religioso e assistencial aos mais necessitados. Vivemos para a Umbanda, porém precisamos criar mecanismos, como qualquer religião, de proporcionar o crescimento de nossos templos. Outrossim, visando à manutenção, ao conforto e ao bem estar dos seus frequentadores, a critério de cada templo, é permitido contribuições voluntárias e espontâneas. Por ética, baseando-se na ação caritativa, a Umbanda não aceita cobranças indevidas dessas contribuições, que devem ser espontâneas e de bom senso.
A Umbanda não pratica o corte ritual de animais.
A Umbanda reconhece as derivações oriundas de seu cruzamento com outras religiões, ocasionadas pela diversidade religiosa no Brasil. Várias vertentes da Umbanda foram se formando e consolidando com o passar dos anos, agregando a elas mesmas práticas oriundas de outras religiões, sendo, entretanto, todas galhos de uma mesma árvore e, desse modo, a Umbanda se posiciona totalmente contra qualquer forma de discriminação a elas, em conformidade com a lei 7.716 de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, e ao conjunto da legislação vigente sobre esse tema.
"A UMBANDA É: DOAÇÃO, CARIDADE, COMPROMISSO, PROSPERIDADE E HUMILDADE."
Doação
A Umbanda tem no voluntariado a forma de crescimento natural da religião, onde a participação é fundamental. É por meio da doação que o medianeiro aprende a valorizar seu templo e socializa-se com seus irmãos.
Caridade
A ação caritativa é uma das formas de elevação do espírito. Fora da caridade não existe a compreensão da missão evolutiva do religioso de Umbanda. A caridade é a expressão máxima do aprendizado religioso em sua plenitude pelo médium de Umbanda. Compromisso a Umbanda tem no médium compromissado com o bem, com a verdade, com a lealdade, com a caridade, com a entrega pessoal, com o respeito, a essência do verdadeiro religioso como forma de evolução.
Prosperidade
Dizem os Espíritos: “Conquistarás tudo com o suor do teu rosto”. Ainda nos alertam: “Não venham pedir à espiritualidade aquilo que é da sua competência”. A prosperidade se dá pela honestidade, pelo esforço, conhecimento e trabalho individual, onde, amparado por sua fé e merecimento, o indivíduo conquistará seus objetivos.
Humildade
O religioso de Umbanda tem como base espiritual sua humildade, entendendo que ele, médium, não é melhor que ninguém, mas, sim, tem uma responsabilidade maior e um compromisso como instrumento da espiritualidade em transmitir as mensagens de Luz passadas pelos planos elevados. Na Umbanda existe uma hierarquia espiritual que orienta os trabalhos, com Dirigentes Espirituais, Médiuns e Auxiliares; porém, todos sabemos que no plano material somos em todos os momentos aprendizes e professores e todos nós estamos em constante aprendizado, não sendo ninguém melhor do que o outro, apenas com funções e responsabilidades diferentes. Entendemos que quem deve ser vangloriado é Deus e a espiritualidade de Luz, nunca o medianeiro!
Axé,
Pai Daniel